Sou dos velhos e dos jovens, sou dos tolos e dos sábios,
Sem consideração aos outros, sempre os considerando,
Maternal tanto quanto paternal, uma criança tanto quanto um homem,
Cheio das coisas que são ásperas e cheio daquilo que é fino,
Um ente da Nação de muitas nações, indiferente às menores e às maiores,
Um sulista tanto quanto um nortista, um plantador desinteressado 
  e hospitaleiro próximo ao Oconee eu vivo,
Um ianque atraído para os meus próprios modos, pronto para negociar, 
  minhas são as mais ágeis juntas da terra e as mais rígidas também.
Um homem do Kentucky, caminhando pelo vale do Elkhorn em minhas perneiras 
  de pele de veado, um homem da Louisiana ou da Geórgia.
Um barqueiro em lagos ou em baías ao longo da costa, 
  um homem de Indiana, Wisconsin, Ohio;
Sinto-me em casa nas montanhas de neve do Canadá ou acima no mato, 
  ou com os pescadores das terras recém-descobertas,
Sinto-me em casa na frota de navios quebra-gelos, 
  navegando com os demais e bordejando,
Sinto-me em casa nos morros de Vermont, ou nas florestas do Maine, 
  ou nos ranchos do Texas,
Camarada entre os californianos, camarada entre os livres 
  do Noroeste (amando seu porte avolumado),
Camarada entre balseiros e entre carvoeiros, camarada entre todos os que acolhem, 
  dão as boas-vindas, oferecem bebida e comida,
Um aprendiz dos mais simples, um professor dos mais pensantes,
Um noviço dando os primeiros passos, contudo experimentado 
  em miríades de estações,
De toda cor e casta eu sou, de toda classe e religião,
Um fazendeiro, mecânico, artista, cavalheiro, navegante, quacre,
Prisioneiro, proxeneta, arruaceiro, advogado, médico, sacerdote.
Resisto a qualquer coisa melhor do que à minha própria diversidade,
Respiro o ar, mas deixo muito dele atrás de mim,
Não sou presunçoso, e ocupo o meu posto.
(A mariposa e as ovas de peixe estão em seus postos,
Os sóis brilhantes vejo e os sóis escurecidos que eu não posso 
  ver estão em seus postos,
O palpável está em seu posto, o impalpável está em seu posto).